16 de abril de 2013

ENSINO JURÍDICO: qualidade dos cursos e exame da OAB: o que você acha?

Queridos leitores, advogados ou não, oabeiros ou não, bacharéis ou não, tenho um monte de dúvidas sobre o ensino jurídico no Brasil. Sinto uma angústia tremenda quando vejo e acompanho os cursos, os exames, as formaturas, o mercado de trabalho. Ora,

Sobre a qualidade do ensino jurídico:

Que existem cursos ruins, ninguém duvida. Que existem motivos para a melhoria da fiscalização por parte do MEC, ninguém duvida. Que é necessário o Exame da OAB, eu não duvido. Que é preciso remodelar a formatação dos cursos no aspecto teórico e prático, inclusive, mudando e focando a prática jurídica real, eu não duvido.

Sobre a interferência da OAB:

Mas, que não pode ser um diálogo somente entre a OAB e o MEC, eu tenho certeza. Que o MP, a Magistratura e os demais órgãos de classe precisam participar, eu tenho certeza.

Sobre o modelo atual do Exame da OAB:

Que o Exame da OAB no estilo atual não mede efetivamente o conhecimento exigível para a prática da advocacia e nem garante totalmente a qualidade do profissional, também ninguém duvida. Que as correções feitas, sobretudo, na segunda fase do Exame da OAB, mostram subjetivismo e descaso com muitos alunos, também ninguém duvida. Que prestar o Exame da OAB no 9o semestre é positivo por um lado, eu acredito, mas então por que não permitir quem está no 8o, me pergunto.

Ou seja, alguma coisa precisa acontecer! Sobre esse e outros pontos importantes relacionados ao ensino jurídico no Brasil temos muito a compreender, sopesar e opinar.

O que você acha? Vamos compilar a opinião dos leitores e organizar um estudo detalhado disso levando em conta, também, a impressão dos advogados, dos bacharéis e dos oabeiros de plantão!

DEIXE SUA MENSAGEM ABAIXO, SE O PROBLEMA É NOSSO, VAMOS OPINAR!

obs: não aceitaremos postagens anônimas.

obs: assista a um vídeo simples sobre o Exame da OAB, e conheça o projeto Bate Papo com Advogados: aqui

Advocacia Hoje Luis Fernando Rabelo Chacon @LuisFRChacon

7 comentários:

  1. Na minha opinião o exame de ordem é necessário, porém conheço pessoas que lograram êxito no exame mas escrevem excessão, ni mim, portanto o exame não avalia todos as deficiências dos bacharéis, um acompanhamento ao longo do curso de direito seria ideal, diplomar pessoas dar-lhes a carteira com base só nesse exame é ridículo, irresponsável, o aluno tem q demonstrar domínio dentro da graduação, assim se o aluno não tiver a competência necessária nem o diploma ao final do curso obterá.O exame no formato q esta, com questões de magistratura ou de outros níveis do judiciário em nada serão úteis, ficou provado q no exame IX
    foi elaborado para reprovar, pois em 2 dois meses os bacharéis não ficaram menos cultos, como disse o PGR em seu belo parecer ao STF, sob a ótica de Pontes de Miranda: é pura reserva de mercado.

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  2. Caro professor Chacon, muito clara suas indagações, já tentei a OAB por três vezes,desanimei, pois a OAB não dá nenhum crédito ao Bacharel, que se prepara durante 5 anos entre estudo, trabalho e estágios, pode perguntar a qualquer aluno de Direito se se sente motivado pela carreira, tenho certeza que não.A OAB, deixa o Estagiário desamparado, haja vista o preço que é cobrado pela inscrição, não dando chance a aquele que passou pela primeira fase ter que faze-la outras vezes se houver reprovação na prova prática, isso é um desrespeito ao Bacharel que se preparou e terá que pagar tudo novamente, isso é injusto, será que ninguém do Conselho Federal, seu Presidente nunca aviltou sobre isso, são questões, que não respondem, hoje se tornou claro que a mesma é o braço direito de muitos políticos, se não houver uma chamada efetiva aos Bachareís que são os maiores prejudicados.Que se façam justiças, tenho certeza que muitos, já foram prejudicados por provas mal corrigidas.Se não fosse a Seccional Baiana ter se mostrado ao lado dos Bachareis prejudicados, tenho certeza que a OAB Federal não teria se manifestado, foi clamor público.Que se façam provas justas dentro do que foi aprendido dentro das Faculdades, em aulas ministradas muitas vezes por Juízes,Delegados,Promotores de Justiça, Advogados de grande renome, então qual a conclusão? que esses profissionais ensinaram tudo errado e a OAB é que está certa?Não se pode inventar petição,elas são a narrativa de um caso em epígrafe sendo ele ficto ou real.
    Marcia Machado

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  3. A mudança tem que ocorrer lá atrás, ou seja, com a qualificação dos cursos de Direito. Bons cursos farão bacharéis melhores, mais preparados. A prática deve ser instituída precocemente na grade curricular. E porque não, também, a preparação para a OAB ? Como bem menciona o amigo Osvaldo Rabelo: os cursos de Direito "criam" bacharéis e não Advogados. Está mais do que na hora de mudanças. Mudanças que realmente surtam efeito positivo. Avante !

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  4. Sou a favor do Exame da Ordem! Afinal de contas, para se tornar Advogado é preciso ingressar nos quadros da Ordem dos Advogado do Brasil, que acontece tão somente através da da aprovação no exame. Vejo que o problema esta instaurado na gestão do exame e na preparação dos examinandos, visto que todos os relatos dos aprovados no exame demonstram que para lograr a aprovação fora necessária a dedicação total aos estudos, portanto, todo aquele que almeja a aprovação passando ou não por um excelente curso, tem capacidade para ser aprovado. Concordo com o comentário da Marcia Machado! A taxa cobrada para a realização do exame é alta e pode muito bem ser dada ao candidato aprovado em primeira etapa e reprovado na segunda, podendo ser criada para motivar o candidato uma segunda chance ou terceira a partir da aprovação na primeira etapa, o que motivará o candidato a se preparar melhor para prestar o exame. Então, entendo que o que falta para se ter uma boa sincronia entre OAB e bacharéis, é necessário que a OAB reorganiza o sistema de gestão do exame. E mais, retire o caráter de reserva de mercado que indiretamente está inserida na essência do exame.

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  5. Acredito que o exame da ordem deva realmente existir, mas como já dito, o exame deve realmente ser revisto. o critério de correção da segunda fase é duvidoso pra não dizer outra coisa. O modelo atual não mede nada pra não dizer outra coisa.
    Prestei a prova por duas vezes e passei para segunda fase, e simplesmente não corrigiram minha peça e não deram resposta alguma. Nas duas vezes recorri e na primeira nem resposta mandaram, na segunda mandaram uma resposta padrão, não respondia nada.
    Sei que daria pra passar pois pesquisei e mostrei pra alguns colegas, professores e advogados. A peça teve alguns erros mas não me reprovariam.
    Acredito que se é para saber se o bacharel tem o conhecimento básico para ser advogado, que para mim "já o é", que se elabore uma prova realmente condizente com que se é apresentado nas salas de aula. E não condizente com quem estuda para passar em um concurso federal ou qualquer outro concurso.
    As OAB's são omissas bem como as faculdades também.
    Com a facilidade de abertura de cursos que tem tido nos últimos anos favoreceu a abertura de várias faculdades de direito, porém sem nenhum acompanhamento real do ministério da educação e dos outros órgãos competentes. E com isso quem paga são os estudantes de boas e faculdades e os bacharéis que ficam a merce da OAB.
    Abraços.


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  6. Exame da Oab é uma vergonha nacional. Não há uma pessoa, seja advogado, juiz, promotor, etc, que diga que o Exame da OAB é justo. Realmente busco esforços para entender o porque da NÃO mudança. Na minha opinião, esse "complô" mostra o vício e a virtude do nosso país, onde a justiça não reina...e sim a política estúpida do capitalismo. Faço das palavras do Dr. Luiz Flávio Gomes as minhas...LEIAM: http://atualidadesdodireito.com.br/lfg/2013/04/23/o-brasil-e-um-pais-serio/

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  7. Entendo que um grande problema no exame da OAB, necessário, é o critério de correção da 2a. fase. Subjetivismos, etc.
    Se tivéssemos poucas faculdades de Direito no Brasil, e todas excelentes, com vestibular concorrido, só assim é que se poderia cogitar da inexistência do Exame.
    Porém, assim como alguém tem que estudar muito para ser juiz e promotor, também deve muito estudar para ser advogado.

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